Durante o Fórum do Mercado Imobiliário, em Brasília, foi lançada a primeira etapa do Programa de Conduta Ética para servir de parâmetro ao setor. Uma plataforma foi criada para consulta das empresas, como construtoras e imobiliárias, com um canal de denúncias, que já começou a funcionar.
Por ele, qualquer pessoa pode encaminhar reclamações e apontar possíveis irregularidades em obras e procedimentos. “Algumas empresas já têm, por exemplo, em seus próprios canteiros de obra, urnas para que qualquer funcionário possa informar algo que não concorde ou que ache errado” conta Helena Peres, presidente do Conselho de Ética do Sinduscon/DF.
Apoiam o programa o Sinduscon, a Asbraco, a Ademi e o Seconci-DF. As lideranças de todas essas entidades participaram do evento ontem. Para acessar, deve-se entrar em https://www.sinduscondf.org.br/ , que direciona para o canal.
Limite para presentes
No código de conduta, também está previsto o limite de valor para presentes e brindes a clientes e pessoas ligadas a órgãos de governo. O teto é de R$100. “Acreditamos que a melhor forma de relacionamento das empresas com o governo é ser educado e respeitar o servidor público, sem criar expectativas de benefícios”, aponta Helena Peres.
Inovação contra a corrupção
Inovação e tecnologia de controle de procedimentos, como em cartórios, por exemplo, é uma grande aliada contra fraudes e corrupção.
Prevenção à Lavagem de Dinheiro
Tema que mereceu atenção foi definido como Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. Uma das formas usadas é a compra de imóveis em espécie. Às vezes, há tentativas de se fazer a operação diretamente com as construtoras. Segundo Peres, o correto seria passar pela imobiliária, que tem a obrigação de informar ao Coaf esse tipo de venda, para que seja fiscalizada a origem do dinheiro.
Reforma tributária
A advogada tributarista Mirian Lavocat foi uma das painelistas. Apontou a necessidade de uma reforma tributária que ajude o setor a crescer, com simplificação da carga.
“O empresário brasileiro tem que já nascer contador, é obrigado a desvendar um emaranhado muito complexo do nosso sistema tributário. Isso precisa mudar”, disse. O presidente do Codese-DF e da construtora Faenge, Leonardo de Ávila, também esteve presente no Fórum.
Fonte: Correio Braziliense