Mulheres são mais afetadas por disfunção na ATM, que provoca dor e estalos ao abrir a boca

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| 07/12/2023

As causas são multifatoriais e abrangem trauma na região, ansiedade e hábitos parafuncionais como o bruxismo

Dor, estalos e dificuldade para abrir a boca são sinais de que algo está errado com a articulação temporomandibular, a ATM.

Essa é uma das conexões mais complexas do corpo humano e é acionada até mesmo enquanto dormimos, conforme contraímos os músculos da face, rangemos os dentes e engolimos a saliva.

Uma sobrecarga nessa estrutura articular pode causar alterações nos movimentos, que combinam rotação e translação, além de muita dor.

A ATM liga a mandíbula ao osso temporal na base do crânio e se move em três direções: para baixo e para cima, protrusão e retrusão e lateralidade. Ela possui uma cavidade com líquido sinovial, que funciona como um lubrificante, e um disco articular, de estrutura fibrocartilaginosa, que tem função de proteger e possibilitar o encaixe entre superfícies ósseas.

Os problemas que surgem nessa região são chamados de disfunção temporomandibular (DTM), que pode ter origem muscular – quando envolve músculos mastigatórios – quando atinge ossos e disco articular.

As causas da DTM são multifatoriais e abrangem traumas na região, prótese mal adaptada, doenças sistêmicas (como artrite rematóide e artrose), fatores anatômicos, distúrbios do sono e fatores psicossociais (como estresse, ansiedade e depressão), que podem levar a hábitos parafuncionais – sendo o mais conhecido deles o bruxismo, que ocorre quando a pessoa range os dentes de modo involuntário, especialmente enquanto dorme.

Os sintomas são dores na musculatura da mastigação e na ATM, que podem irradiar para a região da cabeça e do pescoço, barulhos como estalos e ruídos na articulação, dificuldade para abrir ou fechar a boca e sensação de que a mandíbula sai do lugar ao fazer alguns movimentos.

Estudos epidemiológicos clínicos e populacionais indicam que esses sinais podem aparecer em até 70% da população. As mulheres são pelo menos quarto vezes mais propensas a sofrer de DTM,.

Fatores anatômicos, aspectos comportamentais, psicossociais e alterações hormonais ligadas ao ciclo menstrual também foram estuados no intuito de justificar a maior prevalência de DTM no sexo feminino.

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